(Este é mais um dos maravilhosos resgates que tenho tido na vida! Um poema escrito a seis mãos na minha juventude, quando éramos uma família ainda sem grandes perdas. Começou por meu irmão mais velho, que deixou a primeira estrofe no 'quadro-negro-verde' da área (à qual podemos batizar de jardim de inverno), em nossa casa... bem, sem mais delongas, aí vamos nós, Família!!!)
Melro Doido
Não sabe se comportar
Faz da gaiola uma
Bagunça só quando
Alguém chega perto
(Chico Horácio)
Chico doido
Não sabe fazer verso
Todos sabem que
Com o melro
Só eu converso
(Tó)
Ele não liga p'ro azar
Melro doido? Doidos vocês!
Ele sabe conversar
Em todos os ABC's
(Pai)
Tudo doido e mais que isso
Só escrevem besteirada
O melro só faz ouriço
Por não saber fazer mais nada
(Tixa)
O melro, pobre coitado
Não sabe que é polêmica
Passa os dias agitado
Pulando e saltitando
Vivendo a sua mímica
(Daide)
Que gente louca!
Dá vontade de definir
Toda gente, com "veia" ou pouca
Desatou a distrair...
Os versos saem da boca,
Enquanto o melro tá a sumir,
Porque a alpiste é pouca,
A água tá a diminuir
E o coitado, dá-lhe a louca, ...
Começa a gritar... e nós a rir!...
(Mãe)
(esta relíquia foi feita pelos idos de 1982 ou 1983 - e eu guardeeeeeiii!!!!)
