Tua obra me afeta,
tua graça me completa.
Revolves o eu em mim,
Replantando meu jardim
Doce cheiro de capim...
Em se plantando tudo dá!
Vontade de ver Timburibá,
Pois o que quero aqui não está.
Não no abandono da fuga
No coração que refuga,
E relutante se entrega
Ao vazio do não viver
Pra que viver sem ter prazer?
Pra não viver liberdade
Se esconder da claridade
Não vendo o tempo passar
(-Medo de se rebelar)
Cansado da auto-consternação
Hoje abandona a hibernação
E volta à luta, labuta
Agora muda a conduta
Resgata a meta, corta a fita,
Inaugura a compostura
Larga o medo, sem segredo
Vive solto, solta a vida,
Senta a pua!
... e estende a mão
ao sonhado coração
chamando pra ver a lua
-Vem?
"Hay que endurecerse,
pero sin perder la ternura jamás."
Menina de trança,
não é mais criança
Acordou pra vida e o tempo passou
Agora guerreira se ergue
Rebenta o seu iceberg
Destrói o casulo,
Se livra num pulo!
E o tempo passou...
Passou e trouxe esperança
Que a menina de trança
Não é mais criança, já sabe lutar
Agora sacode a poeira,
refaz-se inteira
E encontra seu par...
"Eu tratei meu casamento,
Vou casá por esses dia,
Vai sê uma italiana gorda
sem sabê se ela quiria
Se a gorda num me quisé,
Eu caso co'a magra mesmo
Italiana gorda é só fantasia..."
Se o sonho não me quiser,
Eu caso com a luta mesmo
Meu sonho guardo comigo
Pra sempre na poesia...
..................Tixa, 15/10/2010
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