Hoje, depois de mais de um quarto de século, voltei à UFES para tratar de assuntos relacionados ao curso que lá iniciei nos idos longínquos de 1981.
De cara, subindo a ponte, lamentei não estar com minha câmera à mão. O céu estava divinamente calórico. Vi nuvens de algodão doce saindo da máquina, nuvens de claras em neve, de suspiro e de chantilly. Deu vontade de cair de boca e me lambuzar de céu! (Culinária de Deus!) Lembrei-me da Luluzinha e da Nanika Kerida.
Indo em fente, cheguei ao novo status da 'Reta da Penha'... O acesso à Petrobrás dever-se-ia chamar 'Largo Cristo Redentor', uma vez que o Governo do Espírito Santo deliberou embarrigar a Av. Nossa Senhora da Penha.
Mais uma memória destruída na nossa capital tão avessa à preservação da história...
Cheguei então à UFES, em busca de dados que comprovassem a minha passagem por lá.
Peguei minha senha, sentei-me a gelar diante do ar condicionado até por fim ser chamada. Expus minha questão e, orgulhosa da parte da memória ainda sisuda, recusando-se a flertar com o tio Al (aquele alemãozinho atrevido que adora seduzir memoriazinhas incautas), disparei: "Quer o meu número de matrícula? 811316285!"
Ao que a mocinha, à época sequer nascida, respondeu: "Não, é muito antigo, não deve ter no sistema..." - e não tinha mesmo. Minha memória é mais abrangente que a do NPD ou CPD que o valha. E com certeza, maior que a do governo do estado, que curvou a Reta da Penha, desviando-se do objetivo esperado de, em retidão de amor-pátrio, respeitar a voz do povo em detrimento de encher as burras...
Vim-me embora, com a esperança de, dentro de quinze dias, voltar à cena para buscar um histórico parcial que, nesse prazo, deverá surgir da memória da instituição...
Espero não me esquecer de buscá-lo!!
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