sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Espelho, espelho meu, onde estás?


Há dias em que a contundência da solidão 
Quebra-me os braços e pernas da alma  
E arranha-me os joelhos do coração 
Que se prostra em contrição 
No afã de rogar clemência! 
Que se lhe libertem as amarras, 
Para que livre de ser só, 
Possa alçar voo rumo ao par, 
Fugir do vazio escuro da não-comunhão, 
Para encontrar, na liberdade do espelho 
O ver-se no outro e ser preenchido, 
Saber-se querido... 
-                         (Tixa Falchetto, 08/10/2010)

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