domingo, 18 de setembro de 2011

Revolver


Tua obra me afeta, 
tua graça me completa.
Revolves o eu em mim,
Replantando meu jardim
Doce cheiro de capim...
Em se plantando tudo dá!
Vontade de ver Timburibá, 
Pois o que quero aqui não está.
Não no abandono da fuga
No coração que refuga,
E relutante se entrega 
Ao vazio do não viver
Pra que viver sem ter prazer?
Pra não viver liberdade
Se esconder da claridade 
Não vendo o tempo passar
(-Medo de se rebelar)
Cansado da auto-consternação
Hoje abandona a hibernação
E volta à luta, labuta
Agora muda a conduta
Resgata a meta, corta a fita,
Inaugura a compostura
Larga o medo, sem segredo
Vive solto, solta a vida,
Senta a pua!
... e estende a mão 
ao sonhado coração 
chamando pra ver a lua
-Vem?

"Hay que endurecerse
pero sin perder la ternura jamás."

Menina de trança, 
não é mais criança
Acordou pra vida e o tempo passou
Agora guerreira se ergue
Rebenta o seu iceberg
Destrói o casulo,
Se livra num pulo!
E o tempo passou...

Passou e trouxe esperança
Que a menina de trança 
Não é mais criança, já sabe lutar
Agora sacode a poeira, 
refaz-se inteira
E encontra seu par...

"Eu tratei meu casamento, 
Vou casá por esses dia, 
Vai sê uma italiana gorda 
sem sabê se ela quiria
Se a gorda num me quisé, 
Eu caso co'a magra mesmo
Italiana gorda é só fantasia..."

Se o sonho não me quiser,
Eu caso com a luta mesmo
Meu sonho guardo comigo

Pra sempre na poesia...


                      ..................Tixa, 15/10/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário